06/02/2011

VERGONHA NACIONAL - No Paraná Assembleia tinha grampo e marajás

Polícia descobre escuta em gabinete na Assembleia Legislativa do Paraná
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No Paraná, a Polícia Civil encontrou um sofisticado equipamento de espionagem na Assembleia Legistativa. Os gabinetes do presidente e do primeiro secretário vinham sendo monitorados. O equipamento de escuta estava instalado em luminárias no teto. Microfones espalhados por todo lugar: nos vidros das janelas e escondidos no forro, com amplificadores que captavam tudo o que se falava. “Ele deve ter uma capacidade de pegar muito claramente, mesmo cochichando dentro dessa sala”, explicou o técnico em segurança Antônio Carlos Walger. A varredura começou depois da suspeita de que o telefone da mesa do presidente da Assembleia estava grampeado. Na sala onde funcionava a diretoria administrativa, técnicos encontraram indícios de que era um dos locais onde se monitorava a escuta ilegal. Mas alguns equipamentos também transmitiam o sinal por ondas de rádio que era captado por um receptor que podia estar até em um carro, em algum lugar fora do prédio. Exames podem indicar há quanto tempo a central de espionagem estava funcionando. Vale lembrar, que depois de assumir a presidência, o deputado Valdir Rossoni dispensou 300 pessoas que tinham cargos comissionados e 50 agentes de segurança, alguns com altos salários e parentes empregados na Assembleia. O presidente anunciou uma auditoria e o fim de privilégios. Neste sábado (5), ele atribuiu a um grupo de ex-seguranças a instalação dos microfones. “Ou eles foram negligentes no trabalho ou foram coniventes com o crime. É uma demonstração do grau de bandidagem que nós estávamos submetidos”, declarou Valdir Rossoni.
Marajás na Assembleia Legislativa do Paraná = A Assembleia Legislativa do Paraná pagou irregularmente, entre os anos de 2005 e 2009, R$ 73,3 milhões em salários que extrapolam o teto constitucional do funcionalismo no Poder Legislativo. Documentos bancários revelam que 391 pessoas receberam pagamentos que contrariam a Constituição Federal. Entre os maiores beneficiários estão ex-diretores da Casa, exonerados do cargo pelo presidente Valdir Rossoni (PSDB) na última terça-feira. Os pagamentos são ilegais porque a Emenda Constitucional n.º 41, do ano de 2003, determina que nenhum funcionário público de qualquer Assembleia Legislativa do país pode receber mais que o subsídio de um deputado estadual. No Paraná, até o ano passado, os parlamentares recebiam cerca de R$ 9,5 mil (valor líquido). Na Assembleia paranaense, no entanto, esse teto era desrespeitado pelo menos desde 2005. Durante o período de 2005 a 2009, a Casa pagou R$ 177,5 milhões a esses 391 servidores, em valores líquidos, já com os descontos legais da remuneração. Mas se o teto constitucional fosse respeitado, o gasto com esses funcionários seria de pouco mais de R$ 104 milhões –R$ 73,3 milhões foram pagos, portanto, de forma irregular. O entendimento do Tribunal de Contas do Paraná (TC), explica a assessoria do órgão, tem sido de que o máximo que pode ser pago a um servidor da Assembleia deve ser o subsídio dos deputados estaduais – ratificando o texto da emenda 41.

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