10/04/2013

APUCARANA/ BRASIL - “Operação Jolly Roger”


Delegado afastado, investigadores e empresários presos em Apucarana, foi o resultado da operação nacional contra a falsificação e roupas
Uma megaoperação nacional contra a corrupção conduzida pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas desarticulou ontem diversas quadrilhas que podem ter desviado juntas mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos federais, estaduais e municipais. Em Apucarana a cidade ficou surpresa com a notícia de que o delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial, Valdir Abrahão da Silva, havia sido afastado, e que inclusive sua prisão foi pedida mas negada. Na casa dele, objetos foram apreendidos. Dois investigadores da cidade, acabaram presos. A ação policial, que foi sincronizada e ocorreu em 12 estados, foi um recado dos ministérios públicos em diversos estados contra a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que tramita no Congresso e restringe os poderes de investigação dos promotores – deixando a função somente a cargo da polícia. No Paraná, a operação Jolly Roger (nome da bandeira dos piratas) ocorreu em Apucarana, Londrina e Cambé e resultou na prisão de 23 pessoas – um integrante da quadrilha está foragido. Foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão, sendo dois na cidade de São Paulo. A organização criminosa desmantelada pelo MP envolvia três policiais civis e uma rede de pelo menos dez empresários com atuação no ramo de confecção e venda de bonés e roupas falsificadas. Entre os detidos ontem estão os investigadores da 17.ª Subdivisão Policial de Apucarana Edson Antunes e Sebastião Vanderlei e o delegado-chefe, Valdir Abraão da Silva. Depoimentos colhidos ontem pelos promotores apontam para o envolvimento direto do delegado. Um dos empresários presos confirmou que pagou propina diretamente para o delegado e que havia um sistema instalado de pagamento e recolhimento de propina. Em troca de dinheiro – cerca de R$ 3 mil por mês – os policiais faziam vista grossa e permitiam que os empresários confeccionassem e comercializassem produtos pirateados. As roupas e os bonés eram feitos em Apucarana e vendidos em dois grandes centros de comércio de rua de São Paulo: a 25 de março e a região do Brás. Os três policiais são investigados por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção. Já os empresários são suspeitos dos crimes de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Os policiais apreenderam na casa e nas empresas diversos veículos, cerca de R$ 2 milhões em cheques, pouco mais de R$ 50 mil em dinheiro além de muita roupa e boné. O desvio de recursos públicos feito por esta quadrilha que atuava no Paraná e em São Paulo ainda não foi calculado. (Gazeta e Nova Era)


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