15/10/2014

RIO BRANCO DO IVAÍ - “Uso indiscriminado do 2,4-D”


DENÚNCIA – Moradores do Porto Espanhol disseram a nossa reportagem que o uso do agrotóxico 2,4-D tem causando transtornos no Bairro rural
Pelo menos três moradores do “Porto Espanhol”, em Rio Branco do Ivaí, ligaram para a reportagem da Rádio Nova Era e Blog do Berimbau, para fazer uma denúncia grave, eles estão revoltados com responsáveis por uma propriedade rural que estaria fazendo o uso indiscriminado do 2,4-D, um agrotóxico que além do risco de contaminação das plantas, também pode provocar alterações no equilíbrio ecológico. Segundo os moradores, já há vários anos, o produto é utilizado na tal fazenda, e recentemente, no início de outubro, de 2014, a aplicação do agrotóxico, destruiu plantas e inclusive pés de frutas e outros de propriedade da região. “Não sabemos a quem recorrer, ligamos na secretaria de saúde, no IAP, no IBAMA, na Polícia Florestal, enfim, ninguém nos socorro. Meus Deus, nossas plantão secaram todas e será que não existe justiça”, disse a moradora revoltada. USO DO 2,4-D: O uso deste agrotóxico já gerou muita polêmica no Brasil, há município que aprovaram leis proibindo, e projetos na Câmara dos Deputados debatendo o tema. Um deles, o PL 713/99, do Dr. Rosinha, proíbe o uso, no Brasil, de agrotóxico que tenha como componente o Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético (2,4-D). O ácido causa danos irreversíveis ao meio ambiente.   "As condições em que o 2,4-D e outros herbicidas quimicamente relacionados são preparados - em meio fortemente alcalino e temperaturas elevadas - propiciam a formação de dibenzo-p-dioxinas policloradas (CDD), produtos altamente cancerígenos", alerta Rosinha.  O ácido contamina as águas dos rios e do mar, os seres vivos presentes nesses ambientes e os seres humanos que consomem a água. Além disso, o herbicida vem sempre acompanhado da dioxina, agente teratogênico causador de deformações em recém-nascidos. A dioxina permanece no solo e na água por período superior a um ano. ARMA DE GUERRA  -  Para se ter ideia de sua potência, o 2,4-D foi utilizado pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã, ocorrida entre 1954 e 1975, como um dos componentes do chamado "agente laranja". Como a resistência vietnamita era composta por guerrilheiros que se escondiam nas florestas, formando tocaias e armadilhas para os soldados americanos, a aspersão de nuvens do agente laranja por aviões fazia com que as árvores perdessem suas folhagens, dificultando a formação de esconderijos. Ainda hoje, a população e o meio ambiente da Indochina sofrem os efeitos do agrotóxico.

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