05/05/2015

LAVA JATO - "Político do Paraná seria o mentor"

Paulo Roberto Costa diz que José Janene foi o mentor e que políticos são culpados pelo rombo na empresa    
A CPI da Petrobras ouviu, nesta terça-feira (5 de maio), o ex-diretor Paulo Roberto Costa pela quarta vez. Paulo Roberto Costa chegou escoltado por policiais. Logo no início do depoimento, fez um desabafo: "Espero que seja uma oportunidade para o Brasil passar a limpo uma série de coisas, em todos os níveis. Nada disso teria acontecido se não fossem alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez". O deputado Ivan Valente, do PSOL, leu os nomes dos 52 políticos investigados na Operação Lava Jato. Paulo Roberto confirmou que esteve em situações irregulares com pelo menos 29 políticos: 13 do PP, oito do PMDB, cinco do PT, dois do PSB e um do PSDB. Pouco antes, ele já havia citado nomes de políticos investigados.  Deputado: Quem foi o verdadeiro mentor de tudo isso?  Paulo Roberto Costa: Do PP, começou com o deputado José Janene, prosseguiu depois com o deputado Mário Negromonte, prosseguiu depois com o senador Ciro Nogueira. Do PMDB, senador Renan Calheiros, deputado Aníbal Gomes. Do PT tive contato e ações com o senador Lindberg, com o senador Humberto Costa, Pernambuco.  Depois, mencionou mais dois nomes do PMDB. "Senador Romero Jucá, tivemos contato com ele. Também, o ministro Edison Lobão", disse Paulo Roberto Costa.  O ex-diretor também falou sobre a crise financeira da Petrobras. Na avaliação dele, o maior problema não foi a corrupção, mas a gestão dos últimos anos, que segurou os preços dos combustíveis e provocou um rombo, de pelo menos R$ 60 bilhões.  “A Lava Jato, com R$ 6 bilhões dá 10%, 10% do rombo da Petrobras. O maior problema da Petrobras não é a Lava Jato, é a gestão que fazem da companhia”, afirma Paulo Roberto Costa.   Paulo Roberto também fez críticas ao atual sistema de financiamento de campanhas políticas, o modelo que, segundo ele, favoreceu a corrupção na Petrobras. “Não existe almoço de graça. Se as empresas estão doando valores, por que que elas doariam? Por que uma empresa de capital privado ou uma empresa que tenha ações em Bolsa vai doar R$ 10 milhões, 15 milhões, 20 milhões para uma campanha eleitoral? Por que? Qual o motivo? Se ela não tiver algum motivo na frente para cobrar isso? Por que?”, defende Paulo Roberto Costa.  Todos os políticos investigados na Operação Lava Jato têm negado participação no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

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