24/05/2016

BRASÍLIA - Diário Oficial traz exoneração de Romero Jucá

    A exoneração do ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi publicada no Diário Oficial  desta terça-feira, dia 24 de maio. Ele pediu o afastamento depois da divulgação de conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Conforme divulgamos, uma semana e meia após ser nomeado ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB) anunciou,  sob vaias e protestos, que vai se licenciar.  Jucá é investigado na Lava Jato e em outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF).  A saída do governo ocorre no mesmo dia em que o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou conversa em que Jucá sugere um "pacto" para barrar a Lava Jato ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (ouça trechos dos diálogos). Machado negocia acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República - que detém o áudio. Antes de dizer que ia se licenciar, Jucá afirmou em entrevista coletiva que não devia "nada a ninguém" e não via "nenhum motivo para pedir afastamento". Disse também que o termo "estancar a sangria", usado na conversa com Machado, se referia à economia. O jornal publicou o áudio do diálogo e, horas depois, Jucá anunciou que deixaria o governo.  Em seu lugar assumirá o secretário-executivo da pasta, Dyogo Oliveira, que é investigado pela Operação Zelotes. O nome de Oliveira consta em um inquérito aberto para apurar suposto esquema de compra e venda de medidas provisórias nos governos do PT, mas ele não foi indiciado.  No início da noite, o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), divulgou nota exaltando Jucá e informando sobre seu afastamento "até que sejam esclarecidas as informações divulgadas pela imprensa". Na nota, Temer elogia a "dedicação" e o trabalho "competente" do ministro. "Conto que Jucá continuará, neste período, auxiliando o Governo Federal no Congresso de forma decisiva, com sua imensa capacidade política".  O PSOL acionou a Procuradoria-Geral da Reública (PGR), para pedir a prisão de Jucá, e o PDT vai pedir a cassação do mandato de senador dele, segundo o seu colega Telmário Mota, também senador por Roraima. A presidente afastada Dima Rousseff (PT) afirmou que a divulgação de conversa gravada deixa “evidente” o caráter “golpista” e “conspiratório” do processo de impeachment. 

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