INVESTIGAÇÃO - Piloto teria informado falta de combustível

 O copiloto de outro voo afirmou que ouviu o condutor da avião da Chapecoense alegar dificuldades e admitir que estava sem combustível

A quarta-feira, dia 30 de novembro, foi marcada pela divulgação das primeiras suspeitas sobre a causa do acidente que transportava a seleção Chapecoense. Logo pela manhã, o copiloto de outro voo afirmou que ouviu a comunicação do piloto do avião acidentado. Ele disse que o condutor do voo da Chapecoense alegou dificuldades, pediu permissão para pousar e admitiu que estava sem combustível. Mais tarde, gravações revelaram que o piloto da companhia aérea LaMia notificou a torre de controle de uma falha elétrica e que o avião estava mesmo sem combustível. O áudio foi divulgado pela imprensa colombiana. Na gravação é possível ouvir o piloto pedindo orientação para poder pousar. Setenta e uma pessoas morreram no acidente. Apenas seis sobreviveram. A legislação da Bolívia, de onde saiu o avião, determina que os aviões que decolem do país tenham combustível suficiente para chegar a dois aeroportos: o de destino e um outro para casos de emergência. O texto ainda prevê mais 45 minutos adicionais de voo em altitude de cruzeiro. OUTROS DETALHES - Os dois tripulantes que sobreviveram à queda do avião da Chapecoense prestaram depoimento. O técnico da aeronave Erwin Tumiri afirmou que só escapou porque seguiu os protocolos de segurança em casos de acidentes aéreos. Ele contou que colocou uma maleta entre as pernas e ficou em posição fetal enquanto as outras pessoas se levantaram e começaram a gritar. Já a assistente de voo Ximena Suárez disse que as luzes da aeronave se apagaram de forma gradual antes da queda. Ela afirmou que sentiu uma pancada em 50 segundos e não se lembra mais de nada.